quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Ana nº2

Quando Ana acordou e percebeu que Beto não estava ali foi possível ver o tamanho do estrago, vestiu uma blusa qualquer jogada no canto do quarto com outras roupas já usadas, colocou também a calcinha que ele havia tirado noite anterior. Sentou-se então no canto da cama olhando para o nada quando de repente algo retornou em sua mente, algo que já havia acontecido a tanto tempo e que ela que se achava forte já devia ter superado. 
A imagem que passava em sua cabeça tinha acontecido numa madrugada, mas analisando cronologicamente os fatos tanto faz eu nada poderia ter feito por ela e não havia ninguém naquela rua que pudesse.
Ana andava sozinha porque em meio a alguma ideia idiota decidiu que as ruas não eram mais perigosas e que morava perto o suficiente para ir andando. Pegou assim o rumo de casa com um salto pouco confortável e uma roupa justa, a culpa nunca fora de sua roupa justa como as vezes ela pensava e tão pouco pelo horário, a culpa era somente dele.  
Se ela soubesse que aquilo iria acontecer mais cedo ou mais tarde, que ele já a havia visto no supermercado, conversando tranquilamente com os vizinhos ou recebendo flores de Beto depois de alguma briga.
Ele esperava a meses a chance e infelizmente como uma bala aquele momento tinha chego até ali e a atingiu com força.
Ela estava a poucas ruas de casa, quando muito três ruas e depois de tudo aquilo que parecia perto ficou tão longe, que ela se sentiu andando durante horas, como se naquele dia ela nunca tivesse voltado para casa.
Ele chegou por trás, não era possível ver seu rosto e logo a jogou contra a parede mais próxima com tanta força que ela sentiu seu rosto sendo esfolado e a respiração dele tão próxima que aquecia de leve seu pescoço. Ela então desligou, não tentou muita coisa pois sentiu a arma em sua cabeça e pode ouvir o zíper da calça dele sendo aberto enquanto ele subia a saia dela com tanta força que parecia querer rasgar. Quase que por instinto ela tentou se mexer, foda-se a arma ou a vida aquilo não era justo, não podia acontecer com ela! Ele jogou mais ainda seu corpo na parede e invadiu cada parte dela, ela sentiu como se estivesse sendo partida ou como se fosse morrer queria desmaiar, mas nem isso teve sorte, ficou ali acordada e sentiu cada vez que ele empurrava o corpo sujo contra o dela que um fia foi limpo, ele gemia perto de seu ouvido enquanto ela parecia querer vomitar, bochecha esfolando mais e mais... a testa e o nariz agora.
A arma na cabeça começou a fazer sentido e ela desistiu, se sentiu fraca e cansada, tentou pensar em outro lugar, na voz de beto mas sentia a dor, o nojo, a ânsia indo e vindo. Ele começou a demonstrar cansaço iria gozar logo e era só isso que ela queria "o fim" quando ele a puxou de frente para ele, seu corpo estava mole como o de uma boneca e não pode fazer nada, só foi jogada de joelhos no chão e ele invadiu sua boca gozando, ela pode sentir o gosto do sangue dela e da porra dele, não suportou e enfim vomitou...
Lembrou-se então que ainda estava sentada ali no canto da cama e com um olhar vago, quele que era só de Ana sempre tão contente morrerá naquela noite e foi quando lembrou de ver ele rindo de canto enquanto fechava o zíper e deixando ela ali apoiada na calçada onde lágrimas caiam em meio ao vômito. 


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