- Qual o teu problema Ana? - Beto olhava para ela em frente a porta sem entender o soco no braço, como se não pudesse perceber o porque daquilo ou como ela mudará tão rápido de humor.
- O meu problema é você. Você é um babaca eu nem sei o que to fazendo aqui ainda - dando outro soco no braço de Beto como se aquilo fosse de certa forma confortá-la.
- Para de me bater eu não te fiz nada, eu apenas vim te ver. Te desejar um feliz natal, estava na cidade achei que seria bom te ver.
- Você não devia aparecer aqui, achar que tem o direito de estragar tudo de novo vindo assim? Você devia ter aparecido antes, onde você estava no meu aniversário? Ou então quando aquilo aconteceu? - Calou por um segundo, havia tocado em um assunto que ela mesma queria esquecer, mas então puxou o ar e continuo despejando suas palavras - Me diz onde você estava todos esses dias?
Beto viu então quando ela cobriu o rosto com as mãos, tentando impedir assim as lágrimas de cair, enquanto ela se sentia fraca e vulnerável, como podia ele fazer aquilo tudo, trazer tanto sentimento de forma tão rápida.
Naquele momento ele decidiu então invadir aquele espaço que era tão dela, a sua casa e ela pensou em falar naquela fração de segundos:
"Pega tuas coisas, leva tua coberta e junto teu cheiro, leva também a tua lembrança ainda tão forte, leva tudo e a minha memória! Por favor leva junto toda a decepção, toda a tristeza que você me causou, junto com você leva esse amor e o pouco do ódio que ele virou".
Mas não falou como sempre, apenas chorou enquanto o corpo dele envolvia o dela num abraço tão forte como se ele quisesse entrar mais ainda, deixar mais um pouco de tudo que ela queria que ele levasse.
Entrou a força, beijando o pescoço de Ana sentido o cheiro do perfume e beijando aquele pescoço que era levemente salgado com gosto de lágrima. Sem dúvidas gostava daquela vulnerabilidade, aproveitando mais ainda para deixá-la assim exposta tirou peça por peça de sua roupa e beijou cada parte do teu corpo, emaranhou sua perna nas dela, puxou o cabelo até que aos poucos ela começasse a querer que ele ficasse, que ele deixasse o perfume e trouxesse o amor,
Amou ela como se fosse única e deixou ela assim quase perfeita pela manhã enquanto ela dormia, beijou-lhe a testa e partiu deixando a bagunça e todos os sentimentos. Botou casa abaixo para apenas satisfazer o seu ego e quebrar mais uma vez a pequena Ana.
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